Esta beleza que te enche de vaidade E simboliza o teu poder de sedução Quando mais nada te restar da mocidade Será o albojo teu vazio coração E tu que ris da força terna do carinho Onde supremas emoções e madrigais Envelhecendo não terás sequer um ninho Porque semeias sofrimento e nada mais A tua gloria viverá a existência de uma flor E o meu talento para sempre te darás Nos corações acalentados pelo amor A tua gloria viverá a existência de uma flor E o meu romântico coração viverá Acalentado pelo amor Nasci artista escravo eterno da beleza Predestinado ao teu amor que não me quer Para cantar a perfeição da natureza Humanizada em tuas formas de mulher E cantarei quando afinal chegar o outono Do teu fastígio que tornou-me um sofredor Porque sentindo a dor intensa do abandono Verás a falta que nos faz um puro amor