Oh Deus , essência de bondade Sem claridade nos dias eu me vejo Nublaste a vista dos meus olhos E entre os escolhos atiraste os meus desejos E quando harpejo a lira chora Plangente eternecida Enegrido está meu coração Minha alma que vive em agonia Junto de Santa Luzia vai buscar consolação A lágrima de dor que é vertida Por quem não tem o dom sublime de enxergar É triste, pungente tão dorida Se na retina tende-se a cristalizar E o cego constrangido a transforma Numa dolente e tristíssima canção Chorando o penoso desalento Que lhe fere e amargura o coração Oh Deus ,chorando eu vos imploro O dom excelso e extasiante de enxergar Quisera ver romper a aurora Sem ser preciso o rouxinol , com seu cantar Vir me avisar que já é dia Pois vejam que agonia Vivo triste privado da visão Senhor, meu sofrer é tão horrível Nem mesmo Santa Luzia Consolou meu coração