Lá na prateleira de um bazar Moravam dois bonequinhos de pano Ninguém se lembrava de os comprar Passavam de um mês Passava um ano Mas para o boneco de repente A vida transformou-se num dilema Notaram a bonequinha inteligente E levaram a bonequinha pro cinema Hoje a bonequinha vive cortejada Dorme entre sedas, não lhe falta nada E já nem sequer se lembra que ainda existe Lá jogado num bazar Um bonequinho triste Mas se quer tirar alguém do coração Fica zangadinha chama de Ju-ão E o bonequinho triste daquele bazar Diz que ele é Ju-ão também E pra boneca ele é um Ju-ão-ninguém