Existe neste sertão no alto daquela colina uma cabocla que habita uma choupana pequenina Ficam todos a contemplar a sertaneja quando aos domingos ela garbosa passa airosa para a igreja Se alguém lhe revelar os seus amores, insiste Ela corando suspira Baixa o olhar e fica triste Quem for ao monte pela tardinha irá escutar os caborés tristonhos a glória dos sonhos sertanejos cantar Cabocla, estes versos tão cheios de ti escrevi à luz do luar contemplando-te a choupana ó serrana Quisera Deus que fôras minha Seria um rei e tu de todo este sertão quase rainha Ter nos lábios teus o aroma excelso das caçoulas Teus seios afagar como a um casal de pombas-rolas E ouvir cantar pelas manhãs solenizando o nosso amor os sabiás nos coqueirais em flor