Ao voltar do ganha-pão Para o lar que fui amado Despresado vi-me então Vendo o lar abandonado No seu berço o meu filhinho Cheios d'água os olhos seus E sobre o berço num cantinho Uma carta e um adeus Me passaram pela mente Mil ideias de vingança Quis partir, mas de repente Ouvi um grito de criança Era meu filho que chorava Como um cão que perde o dono E com os bracinhos implorava Que o ninasse para o sono Isto foi a vinte anos Nunca mais pensei sofrer Hoje novos desenganos Eu vos posso descrever Fui num baile apresentado A um rostinho encantador Que me disse meu amado É teu filho, meu senhor Foi pedir em casamento Pro meu filho, meu João E ao voltar por um momento Tinha amor no coração Nada pude lhe dizer Mas meu filho adivinhou Que acabava de perder A mulher que tanto amou Diz meu filho a seguir Vou rouba-la para mim Se comigo não fugir E minha vida terá fim Lá se foi e só voltou Com a jovem pela mão De joelhos implorou Que lhe desse meu perdão E dalí partir queria Caso eu lhe permitisse A vizinha Pretoria Quando alí então lhe disse Essa jovem que te engala Tão formosa e tão moça Tu não podes desposa-la Porque ela é tua irmã