A noite cai em agonia surgem os primeiros raios na moldura No horizontes iniciam seus ensaios Doura-se o monte e os ramos que são mais felizes Porque moram bem no alto Logo pintam-se matizes no cimo do planalto Sai da sombra um novo dia e a luz da madrugada acorda suavemente os passarinhos Sem querer assustar os que sonham nos ninhos depois vai saudar os velhos troncos e as folhagens E gritos,pios, uivos,guinchos, roncos em acordes selvagens iniciam a alvorada E nesses campos sob o sol da manhã Em linda festa pagã, escorre a vida cheia de impulsos cantos Que transborda numa chuva de cores e entre os vales sonhadores a montanha acorda