ALTIVEZ Queimei as tuas cartas Sem nenhum constrangimento, Rasguei o teu retrato No maior desprendimento Não quero nem de leve A menor recordação Tu foste em minha vida A maior desilusão Cingiste em minha fronte A Coroa da amargura Cravaste no meu peito O punhal da desventura Mas hoje a minha vida É um desabrochar de flores A tua, no entanto, é um rosário De amargores. Eu sigo o meu destino A cantar muito contente Que importa que tu sigas Um caminho diferente A culpa é toda tua Não proclames inocência Dos dois qual o culpado? Põe a mão na consciência! É inútil insistires em dizer Que não me deixas É tarde, muito tarde... Para ouvir as tuas queixas E não te surpreendas Se algum dia alguém disser Que abri a minha porta Para entrar outra mulher.