Quando eu era pequena a minha avó contava (Que) cada menina tinha um príncipe e o bolo-rei tinha fava Cresci achando ser uma princesa encantada Beijei até perceber que o sapo não dava em nada Pois é papapara, não é papapara Por mais que a lebre corra a tartaruga passa Pois é papapara, não é papapara Não preciso de ninguém a mais na minha carapaça Fiz-me então ao caminho à espera d’uma emboscada Levava flores e um capuz, ia bué carregada Foi então que o lobo apareceu com a sua namorada Uma tal Adormecida toda pedrada Pois é papapara, não é papapara Por mais que a lebre corra a tartaruga passa Pois é papapara, não é papapapa Não preciso de ninguém a mais na minha carapaça Olhava-me ao espelho que trazia no bolso (Espelho meu, espelho meu) Não via onde punha os pés e caía num fosso Voltei a mim de mão dada com um anão que ressonava Farta daquele barulho dei-lhe a maçã encarnada Pois é papapara, não é papapara Por mais que a lebre corra a tartaruga passa Pois é papapara, não é papapara Não preciso de ninguém a mais na minha carapaça Afinal a história do príncipe era tudo mentira E a casinha de chocolate acabou derretida Dou por mim à procura d’emprego numa folha de jornal Porque raio me calhou a mim a fava no Natal!? Pois é papapara, não é papapara Por mais que a lebre corra a tartaruga passa Pois é papapara, não é papapara Não preciso de ninguém a mais na minha carapaça Pois é papapara, não é papapara Por mais que a lebre corra a tartaruga passa Pois é papapara, não é papapara Não preciso de ninguém a mais na minha carapaça E é este o final do conto que acabou mal