Ainda era início da manhã do primeiro dia Quando mal dormia e em meu aflito coração O ardente desejo de te encontrar nem que seja A última vez de tantas outras para a ti celebrar as devidas honrarias Perfumar o seu corpo com o melhor de todos os perfumes Acalentar a dor da despedida, debruçar e chorar ao seu túmulo Sem acreditar em outra vez ouvir sua voz singular a chamar pelo meu nome e o sorriso a me conquistar Eram assim os pensamentos sombrios em minha cabeça Mas como pode tudo isto acontecer Eu que sei sobre alegria Do novo vinho naquela festa nupcial com muito convivas Da escolha dos doze homens, alguns tantos marginalizados O seu braço acolhedor com as crianças indefesas Seu pronunciar de defesa frente às acusações descabidas O desafio de legiões vencidas pela sua palavra Em muitos eu não estava lá, mas ouvi dizer e isso me conquistou Agora só me resta o último adeus e a esperança em desesperança se findar Oh minha estrela da manhã deixa me ver o seu brilho Oh meu verbo vivo deixa eu conjugar versos de amor Oh meu amado venha novamente em minha casa repousar Oh meu bom pastor o seu abraço faz a ovelha se acalentar Estou indo pelo caminho sem poder as lágrimas conter embora as flores estavam mais belas sequer percebi Será que voltaria pra mim De repente Um susto e um espanto A pedra do sepulcro removida diante de mim Um jovem de aparência angelical assentado à porta Não procure entre os mortais aquele que vive Maria!