Muralhas que me prendem são imponentes Me fazem tão pequeno nessa imensidão A falsa sensação de que há liberdade Imposto a uma verdade a voz da multidão Nossos maiores inimigos se encontram lá fora Mas antes vou aniquilar meu inimigo interno Maiores do que essa muralha é nosso medo que consome Quanto mais se foge, mais a morte fica perto Minha fúria desperto, eu olho pra cima E não me contento com este lugar Estou preso dentro da minha liberdade Acusado por ter coragem de lutar Mas eu não vou parar, vou tentar, vou mostrar Quem de fato és o maior gigante daqui Tiro forças da minha fortaleza, minha alma E os monstros sem nome não vão me engolir Pois eu sei que sou maior, pensamento à frente Eu tô focado no que quero e não no desafio Eles pisaram em minha cabeça, tentando impedir que eu cresça Mas meu nome tá na boca de quem nem me viu Sou tipo a água maleável que perfura a pedra Que é capaz de proezas de se duvidar Vou em busca do Sol que desce no horizonte No outro dia ele renasce pra me iluminar Não vou me alimentar dessa sombra de medo Nos prende a vontade de sobreviver Viver como gado fugindo no papel de presa Da guerra não vou mais correr Muralhas de pedra podem vir abaixo Não há monumento que nunca cedeu Depois de atravessar quero ver derrubar A muralhar que ergui nomeada de eu Muralhas não vão mais me segurar Os lá de fora agora é que devem me temer Não, não, não, não, não vou me esconder Não, não, não, não, não vão me conter Se eu falhar nesse caminho é porque fui um fraco Mas não terão esse motivo quem busca meu mau Eu vivi muitos anos jogado no esgoto Esperando notarem meu potencial Eu subi pra provar que não há gigantes O que existe aqui são pensamentos pequenos É minha missão ficar vivo este dia Pros meus inimigos uma vida a menos Eu não me contenho, como uma avalanche Que desce a montanha arrasando o caminho Os falsos gigantes atacam em bando O titã de verdade os derruba sozinho Pois eu vou mostrar que meu sangue é gelado À quem conta vantagem me olhando de cima Se hoje me encontro no topo mais alto É porque fiz da dor a minha disciplina Já sobrevivi ao que há de pior E agora pra eles o pior sou eu Não dá pra machucar nem me traumatizar Minha alma blindada de tudo sofreu Descarrego minha fúria, não me entenda mal Sou espécie animal vinda do submundo Já estou preparado, semblante marcado De quem nunca viveu na paz um segundo Se existe um vazio nos meus olhos opacos É só o reflexo da minha luta Meu foco no treino me trouxe esperança Assim como uma frecha ilumina uma gruta Constante disputa é assim que desfruto Os momentos a cada uma respiração Não existo pra ser referência a ninguém Eu existo pra ser minha própria inspiração Muralhas não vão mais me segurar Os lá de fora agora é que devem me temer Não, não, não, não, não vou me esconder Não, não, não, não, não vão me conter