Olha aonde você tá muleque Às 3 da madrugada Com a banca, fumando um Beck Buscando um rumo Buscando um porquê Buscando uma estrela Que mostre quando vai ser O fim de uma vida sem sentido, vazia A cura dessas dores A estanca da ferida Enquanto o sangue escorre Levando a nossa sorte Cicatrizam as feridas Que fazem de ti mais forte Encontrar na vida algum sinal Que aponte qual é o nosso caminho E entender, na vida é só você Que escreve nas linhas do seu destino Um grito de resistência Em meio ao caos Uma voz de consciência Numa vida tão banal O vazio Na vida de um proletário Que carrega em suas costas As dores do seu trabalho Preso nas correntes Velho, louco, inconsciente Se perdendo na neblina Enquanto a sua mente mente Iludida pela vida Propagada na TV Lhe dizendo quem tu é E o que tu deve ser Carrego dores e valores Deixo passos pelo chão Não vou me arrepender De andar na escuridão Não há um passo certo E nem escolha errada A vida é labirinto Sem saída e nem entrada Sigo meu caminho Buscando a redenção A cada passo dado Mais escolhas surgirão Não vou puxar o freio Nem voltar atrás Aprendo com meus erros Vou buscando a minha paz Um salve pra todo proletário Pra todo aquele que vive da venda do suor de sua força de trabalho E pra todo guerrilheiro urbano procurando o seu lugar E que mesmo num mundo perdido, tenta se encontrar Tamo junto!