O crepúsculo do instinto Retém a angustia da face dos instantes do antigo Deus extinto E retorna em vivos impulsos sussurrando Aquele ainda é um coração? Pois aquela dor ainda tem um nome Os espelhos despedaçados ainda refletem a agonia Uma voz lúcida inconfundível oscilando em temor urra Um fruto deformado em sua raiz sólida de grito A seiva amarga do desejo solúvel Seus licores que dopam de vertigem incolor a cor fixa A cicatriz de lágrima E se meus lábios se unificassem a ferida? E se a luz transcendesse as estrelas sujas deste coração?