Lenum mio òrìsà àse Na minha boca os Orixás têm força Moti wi ohun gbogbo Estendida por minha voz Míki irun aráiye dúdú Sentida pelo povo negro Mo juba esa, mo juba ìyá Benção aos antepassados, benção mãe Mo juba aráiye omo d’òrìsàs Benção ao povo filho dos orixás Adúpé ni mòn omo d’Ilè ìyá Agradecemos aos filhos da terra mãe, Africa Aqui revisto minha alma E a natureza se refaz Busco a energia De meus ancestrais Meu canto é emoção Que a carne rasga Faz do velho peito Um tambor na alma Saúdo em lágrimas Sangue e suor Descalça no terreiro Buscando o meu melhor Mojuba pra quem é de mojuba Mojuba axé Quero longevidade Nas palavras de Oxalá O amanhecer que traga luz De meu pai Obatalá Que meu povo em paz Possa descansar Que ilumine a terra Embeleze os mares De mãe Iemanjá Na defesa de meus ideais: Obá Como guerreiras vamos avançar Motumbá pra quem é de motumba Motumba axé Quero ser a insistência De Oxumaré Livre leve e solta Como o vento de Iansã é Trovejante como suas Palavras e raios Justiça sendo feita Por Xangô e seu machado Passo a passo no legado A chama nunca apagou Sigo pisando firme Aqui e guerreira nagô Na terra que olorum criou Valorizo o dom E náo to pra brincadeira Olorum sangue bom Colofé pra quem é de colofé, colofé Inquebrável, inabalável Como a espada de Ogum Abrindo os caminhos Longes do lugar comum Firme e reta contundente Como a flecha de Oxossi Que suas matas nunca findem Sempre belas e fortes Que seja mágico, sereno Como Obaluaê De sua calunga nos dê cura Venha a nos acolher Mukuiu pra quem e de Mukuiu Mukuiu no zambe Infinita sabedoria ancestral de Nanã A conselheira que nos brinda Com os dias de amanhã Rica e bela e a doçura De Oxum das águas Alegre como Exu Punhal na encruzilhada Merecer toda doçura De meus Erês um dia Que o mundo QUE rejeita Respeite os guias Construo minha harmonia Em busca da identidade A conquista da liberdade É pulsar Africanidade A bênção pra quem é de benção