Eu sou filho do Rio Grande minha querência adorada Sempre gostei de fandango e também de carreirada No peito deste gaúcho tristeza não faz morada Pra desgraça eu não ligo, enfrento qualquer perigo Alegre dando risada Uma certa ocasião fui fazer uma tropeada Mas a tropa estourou no cruzar uma baixada Com uma risada que eu dei reuni toda boiada A tropa e o fazendeiro e mais cinco companheiros Salvei com minha risada Outra vez fui convidado pra comer uma feijoada E levei junto comigo uma turma bem esfomeada Comeram tudo que tinha e pra não deixaram nada Mas depois que eles comeram, todos pra moita correram E eu fiquei dando risada Agora já estou velho com a idade avançada Mas ando sempre sorrindo não me aborreço por nada E quando Deus me chamar pra derradeira morada Então eu tiro o chapéu e na querência do céu Vou entrar dando risada