Meu carro de boi No sertão o seu gemido ainda tece Na cidade, adormecido permanece Mas quem foi carreiro, não esquece No tempo da escravidão O seu canto amenizava a dor escrava Hoje nego velho se recorda Como esse canto ecoava Carro de boi Pioneiro do transporte nacional De nossa Vila Maria Baluarte da poesia Traz você no carnaval Ê carro de boi O carreiro E o velho carro já se foi Esquecido, adormeceu nesse terreiro