É de um cego de nascença a história que eu quero contar Lá na beira da estrada, ele vivia a mendigar Dia a dia sua vida era só escuridão Quase nada alegrava o seu pobre coração Entre restos de conversas e migalhas de atenção Suspirava pelo sonho da clareza da visão Ele ouvia a passarada proseando no beiral O barulho da moeda, o trovão no temporal Foi assim que alardearam por aqueles cafundó Que o profeta Jesus Cristo visitava Jericó Poderia então, Aquele, que curava a multidão Operar em sua vida o milagre da visão? Jesus Cristo, Nazareno que és filho de Davi Tem piedade deste servo Bartimeu que clama a Ti O que queres que eu te faça? Perguntou o bom Senhor Quero ver a tua graça, receber do teu favor Foi assim que de repente, como um raio aclara o chão Ocorreu em sua vida o milagre da visão Ele agora via as cores, vias as flores no pomar As areias no deserto, o rebanho a repousar Coração agradecido, resolveu seguir Jesus Lado a lado pela estrada, mundo afora até a cruz Para ver o Mestre amado nos trazer a salvação Foi que o cego teve a graça do milagre da visão