Que será do mundo? Sabe Deus, eu não sei Eu só sei que me assusta pensar O eclipse, o apocalipse, a mancha de óleo afogando o mar Onde se esconderam a ternura e o carinho? Alguém venha me informar Imagino que tenham sumido na poluição que sufoca o ar O que será da vida que a gente viveu? É a pergunta que não quer calar E o amor todo que eu prometi E pretendo cumprir, eu preciso te dar Se hoje abrir os braços à procura de alguém Talvez ninguém eu consiga encontrar Mas guardo a lembrança De ver a esperança que ardia lá no teu olhar Perco o compasso, atravesso, me embaraço Faço, refaço, engano o cansaço Traço um caminho pra me levar até você Disse o beato, certo dia A profecia que tudo ainda iria acabar E entre o real e o que é fantasia Nem sei em quem acreditar Se o céu abrir e a trombeta soar Ou se tudo ficar como está Eu tenho mesmo que admitir Que o fim é só um jeito de recomeçar