Tudo está tão diferente De repente é dezembro de novo Mas dessa vez estou sozinho Por mais que eu faça esforço Nada vai fazer mudar Este meu velho dom de te afastar As luzes pela casa formam um labirinto As ruas da cidade rumo ao infinito E eu aqui preso no próprio orgulho Aos poucos toma forma até o abstrato Já não vejo nada no porta retrato Só vestígios de alguém que fingi ser Eu não sou exemplo pra ninguém Eu não sou exemplo pra ninguém Todas suas vontades nunca foram minhas Todas as palavras em só duas linhas Uma certa e outra não Do paraíso ao inferno é questão de tempo Se existe falsidade a verdade eu invento Não preciso de você Eu não sou exemplo pra ninguém Eu não sou exemplo pra ninguém Eu não sou exemplo pra ninguém Eu não sou exemplo pra ninguém