Se ao menos provarem o gosto de sufocar Sem palavras pra dizer, um grito sem som no ar Se cortarem por fora a pele e o paladar Adianta viver sem ter contra o que brigar? Sacrifícios, ofertas, tudo pra agradar Abismos e festas, olho grande ocular Se matarem dessa vez o que tentam odiar Fantasias, desertos, tempo a gotejar “Fodase quem se afoga” “Meu desejo, meu lábio, meu jeito de pensar” Não importa o que digam nada vai comprovar” O mundo traga o próprio pulmão A sorte corta a própria razão E eu sem ar Se é sangue ou é um pedaço do mar Correntezas tem que rimar Sem naufragar E eu sem respirar O mar nos afogou, foi sincero O tempo passou por nós severo