Se eu fosse um poeta E entortasse a minha linha reta Você me daria um ponto Ponto de interrogação Se eu pusesse os meus enfeites O prazer do seu deleite Você me daria um ponto Ponto de interrogação Abre aspas e se entrega Aos meus versos que são seus Abrevia a minha história O mundo anda tão depressa Eu não tenho pressa Vou perder a hora O mundo anda tão depressa Eu não tenho pressa Vou perder a hora Vou perder o sono Vou passar em claro É claro que eu não vou Passar em branco Vou perder o sono Vou passar em claro É claro que eu não vou Passar em branco Abre aspas e me empresta Os seus olhos de ateu Abrevia a minha história O mundo anda em linha reta Eu ando em linha torta Eu ando do meu jeito Se o mundo anda em linha reta Eu ando em linha torta Eu ando do meu jeito Vou andar à toa Vou ficar na proa Cansei de ser marujo raso Vou andar à toa Vou ficar na boa Se o mundo espera então eu faço Se eu fosse um poeta E entortasse a minha linha reta Você me daria um ponto Ponto de interrogação E se eu pusesse os meus enfeites O prazer do seu deleite Você me daria um ponto Ponto de interrogação Abre aspas e me empresta Os teus olhos de ateu Abrevia a minha história O mundo anda em linha reta Eu ando em linha torta Eu ando do meu jeito Se o mundo anda em linha reta Eu ando em linha torta Eu ando do meu jeito Vou andar à toa Vou ficar na proa Cansei de ser marujo raso Vou andar à toa Vou ficar na boa Se o mundo espera então eu faço...