Salão campeiro falquejado na barranca És a estampa do xucrismo da fronteira Onde acontece a mais bagual das bailantas Começa sexta e termina segunda-feira Nesse surungo vem gente de todo o lado Uns a pé, uns de a cavalo, de chalana ou de carona E os castelhanos se boleiam rio a nado Pra não faltarem ao baile da Tia Ramona É no bailão da Tia Ramona que eu vou Tentiar um xixo tranquilito no más Pra quem não sabe é só escutar o rumor Que vem da costa do Uruguai O Sol se esconde e o salão fica lotado É chegada a hora de começar o bailão Em cada esteio um lampião dependurado Se por acaso acontecer um apagão Nesse entreveiro uma gaita de oito soco Faz de tudo e mais um pouco num embalo de respeito E o vivente que chegar curto dos troco É só aguardar um pouco a Tia Ramona dá um jeito