O índio chucro gaudério lá do interior Encilha o pingo sob o teto do galpão Enquanto fala do tempo de domador Ao pé do fogo vai sorvendo um chimarrão, Gaúcho velho acostumado a toda lida É conhecido em qualquer lugar que ande Por sua história tão bonita e destemida Da lida bruta, tradicional do rio grande. Laço nos tentos e o cachorro companheiro São ferramentas que usa na invernada O tempo feio não assusta esse guerreiro Acostumado a levantar de madrugada. Na sua vida foi ginete e laçador E a peonada lhe escuta com atenção O índio velho até parece um professor Dando uma aula de afazeres de peão Num potro chucro ele é quem monta primeiro Dando o exemplo pro resto da peonada Na lida bruta já passou tantos janeiros Somente a morte vai parar sua jornada. Laço nos tentos e o cachorro companheiro São ferramentas que usa na invernada O tempo feio não assusta esse guerreiro Acostumado a levantar de madrugada.