Fui passando uma caneta Num papel branco pautado Do rabisco e tinta preta Surgiu um bicho safado, E no compasso do fole Seu ronco foi pro salão Levantar poeira do chão Num bugio bem balanceado. Na mata o bicho atrevido Vive sem ter quem lhe mande Seu ronco é o mais conhecido Pelos rincões do rio grande. Saltando de galho em galho Muita agilidade ganha Se vê gente dá trabalho Fica isibido e se assanha, Muitas vezes disfarçado Atravessa a madrugada Pra sacudir a peonada Nos fandangos de campanha. Na mata o bicho atrevido... Vive na mata fechada Bem perto da ribanceira Aonde com a filharada Vai se banhar na cachoeira, Mas quando vê um caçador Esperto ele tenta a sorte Levanta e mostra o filhote Pra escapar da cartucheira. Na mata o bicho atrevido...