Vióla grita em meu peito Com classe e bem afinada É um casamento perfeito Até o fim da jornada, Juliano é meu companheiro Filho, cantor e violeiro A trilhar a mesma estrada. Sou caipira do sertão Lá dum fundão sem escola Vem de berço a educação Do caboclo joão vióla. Ao romper da madrugada Por trás do monte surgia Uma barra avermelhada Trocando a noite por dia, A passarada cantando Vacas leiteiras berrando Em perfeita sinfonia. Sou caipira do sertão... Nosso banho era na sanga Água pura e transparente No mato muita pitanga Manchava a boca da gente, Que recanto de alegria E a água que se bebia Jorrava de uma vertente. Sou caipira do sertão...