Pra buscar o sustento, de laço nos tentos Vaqueano e sem luxo Tentando a subida, na estrada da vida Lá vai o gaúcho... Recorre a invernada e a rês abichada Laça pra curar Tira bois do mato e se houver carrapatos O jeito é banhar. Quem viveu na estância, conhece da infância Qualquer sacrfício, Assumiu a empreitada e não troca por nada O prazer do ofício. Peonada em casa, o ferro nas brasas Junto ao mangueirão Prende a gadaria, se vai mais um dia Só em marcação... Assinala e capa, nenhum bicho escapa À destreza do peão Com a lida encerrada, vai ter carne assada No fogo de chão. Quem viveu na estância, conhece da infância Qualquer sacrfício... Se vai ao galpão, pra tomar chimarrão Quando é madrugada Capricha na encilha, e sai na tordilha Quebrando geada... Pealando em rodeio, ele nunca faz feio E tem quem garanta No domingo se solta, e vai gastar a bota Em alguma bailanta. Quem viveu na estância,conhece da infância Qualquer sacrifício.