Não se cale diante da sociedade! Sua cor é uma honra Quem só consegue enxergar a cor da pele É porque não tem olhos que enxergam a alma Seu sangue é de um guerreiro Não se deixe vencer pelas batalhas diárias! Uuh Não devolva, ódio com mais ódio Todos sabem que são todos podres Eeh Podres com suas palavras Tentar se redimir com algo fútil Não paga dívidas de inúmeras chibatadas Na época da escravidão Nossas cores são diversas, mas, nossos sonhos são os mesmos Respeito não tem cor, tem consciência Viva a diferença com consciência e não com indiferença Viva a diferença E não com indiferença Em nós, até a cor é um defeito O imperdoável mal de nascença O estigma de um crime Mas, nossos críticos se esquecem Que essa cor é a riqueza de milhares de ladrões que nos insultaram Que esta cor convencional da escravidão Tão semelhante a da terra, abriga sobre uma superfície escura Vulcões, onde arde o fogo sagrado da liberdade