Ô, Zé Ô, Zé.. Num dia sem sobrenome As unhas já tão imensas O coração respira descontente, Devasso, Ô Zé.. Eis que surge um novo cavaleiro Montado em roupas de coveiro Encontras clara semelhança No modo de olhar pro chão No modo de ouvir Os passos de Deus Conheces Deus? Conheces quem? No dia que Carmem Miranda morreu No dia que Caetano Veloso morreu No dia que Zé Mojica morreu. Ai, Zé.. Ai, Zé. Mas depois de treze dias Cheirando a enxofre e a cocaína Surge um vulto no horizonte De capa-pluma de ave negra Zé, O que que você vai dizer, o que que você vai dizer pra vida Quando a morte finalmente te encontrar? No dia que Carmem Miranda morreu No dia que Caetano Veloso morreu No dia que Zé Mojica nasceu, De novo.