minhas vísceras pela boca sangrando e cheias de vida há um preço que se paga por não ficar grávida impressão de já ter visto as mesmas cenas de hoje vontade de estar quieta e sangrar pelos poros buracos e cortes vermelha é a roupa do padre vermelho é o carro do meu tio vermelha é a bandeira da china vermelho é o céu em chamas o movimento das placas marcando tempos geológicos a dor, não há nada que estanque a dor ou que absorva tudo o que sinto imagem bárbara melhor não ver, melhor que se fique distante mulheres menstruadas e punidas por derramar tanto sangue vermelha é a cor da maçã vermelho é o ferro incandescente vermelho é o inferno e o diabo vermelho é o olho chorando tudo que eu tenho guardado sagrado secreto e noturno a cor do ventre e do coração da ciência e da proibição