Vanderlei Souza

Saudades de Ervália

Vanderlei Souza


Um certo dia, assim eu disse
Meus pais queridos, chegou a hora
Não fiquem tristes, não chorem não
Estarei partindo, ao romper da aurora
Embora triste, me despedi
Deixei ervália, e vim embora
Hoje distante, vivo saudoso
Dos velhos tempos, tempos de outrora

Tenho saudades, de te ervália
Terra querida, onde nasci
Deixar-te um dia, fui obrigado
Mas esqueçer, não te esqueçi

Cantar dos pássaros, das cachoeiras
Missas aos domingos, mês de maria
Dos verdes campos, vales e matas
Bater dos sinos, da Ave Maria

Cantar do galo, nas madrugadas
Nascer do sol, clarear do dia
Todas escolas, dos professores
Das lindas noites, de lua cheia

Tenho saudades, de te Ervália
Terra querida, onde nasci
Deixar-te um dia, fui obrigado
Mas esqueçer, não te esqueçi

Voltar eu quero, quando não sei
Prá minha terra, e assim rever
Os meus amigos, meus companheiros
Que alegravam, o meu viver
E ver de novo, os meus parentes
Será prá mim, um grande prazer
Ervália querida, torrão mineiro
Héi-de amar-te, até morrer

Tenho saudades, de te Ervália
Terra querida, onde nasci
Deixar-te um dia, fui obrigado
Mas esqueçer, não te esqueçi