Negro é raça gente não é cor É um jeito diferente de tocar tambor Negro é raça, gente não é cor É um tempo diferente de fazer amor Foi pré-concebido, negro é fodido Vagabundo, sub-mundo, infecundo Pano de fundo, urubu, tição O careta que sustenta esse conceito Não consegue ver direito Essa negrice no seu peito É miscigenação Gente não é feita pra desfeita Nenhum negro se sujeita Isso é mandinga, é coisa feita Mas não pega não Zumbi viveu aqui no cativeiro Mas morreu como guerreiro Da igualdade, da verdade E isso não foi em vão Foi no quilombo que aprendi A jogar jongo Com nego que veio do congo Do congado sim sinhô Foi no reisado Que também dancei xaxado Quebra-coco, samba dobrado Dá licença seu doto