Todo dia vivo a procurar Um elixir, um momento de som, um invento Que me faça vibrar Sem glamour, sem neon Que deixe essa mente Mentir sem segredos Até repousar… No dom de brincar Te mostrar as fraquezas Franquezas riquezas E os calos da voz e dos dedos Receber seu olhar Que desnuda e me cobre Me cobra caricias Me enche de sonhos e medos Água e sal, abissal Vivo parado na esquina Vendo abrir o sinal Finjo a dor de um amor Que acelera o peito deveras E espera no ato final Abissal água e sal Vivo parado na esquina vendo abrir o sinal Finjo a dor de um amor Que dispara e me cospe na cara a vaidade Verdade verbal Com sua malicia que é tão usual E esse seu jeito bom de ser Essa face carente da sua bondade Que a bem da verdade Mais quer controlar Abissal, água e sal Vivo parado na esquina vendo abrir o sinal Finjo a dor de um amor Que acelera o peito deveras e espera no ato final Todo dia vivo a procurar Um elixir, um momento de som, um invento Que me faça vibrar