Meia-noite em ponto meus desejos já tropeçam pelo ar Perigosamente esqueço tudo o que eu não queria lembra Brindo com a sorte e o perigo de uma forma até banal Um simples refém há muito tempo Não importa o quanto eu fujo Desse meu coração sujo Conto minhas vitórias nas bitucas dos cigarros que apaguei Litros de indecência e esbornia Todas dignas de um rei Trechos de uma história mal contada De um herói tão marginal Cada passo em falso mais certeza desse jeito eu enferrujo Esse meu coração sujo Uma desconhecida me convida para a cama outra vez Prazer de uma noite que termina quando chega a lucidez E na manhã seguinte não duvido que a vida anda mal Mas não me desespero do inferno de outros copos eu ressurjo Com esse meu coração sujo!