Ainda há tempo para seres tu e deixares essa rotina Sentires o futuro que ilumina, fazeres a tua sina Ainda há tempo para viveres ao impulso da adrenalina E ver como germina a alma de quem ainda sonha Ainda há tempo para voltares atrás e dizer-lhe que a amas Dar-lhe a chama do sentimento que inflama Dar-lhe cada palavra que a tua paixão derrama Ir até ao nirvana levitado pelo amor Ainda há tempo de dizeres que ainda há tempo De acolheres o momento e partires com o vento Para onde não há tormentos, não há dor nem lamentos Apenas o intento de voltar a viver Ainda há tempo para tu seres tudo aquilo que sonhaste Recuperar o que abandonaste e o que fantasiaste Ser o homem que abdicaste quando veio a descrença E de ser a tal diferença que tu receaste Ainda há tempo, mano, volta para trás Vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz Sai dessa rotina que te extermina Vem sentir e viver ao impulso da adrenalina Ainda há tempo para eu ir a áfrica sentir o meu povo Ajudar a impedir que áfrica morra de novo Dizer a cada criança sem fraquejar Que ainda há tempo para sorrir, ainda há tempo para sonhar Ainda há tempo para voltarmos a nascer Com outro coração, com outra forma de ser Outra forma de sentir os outros que no fundo são teus E de proteger o mundo porque já não há Deus Tempo é vida, enquanto há vida há tempo Não há vida sem tempo, não há vida sem felicidade Não há tempo contado, se tens vida não tens idade Não interessa a tua idade, a vida dá-te eternidade Dá-te juventude eterna para teres momentos eternos Luas fraternas para as tuas noites de inverno Mano, semeia o fruto onde o teu sonho vive Ainda há tempo para tudo, ainda há tempo para seres livre Ainda há tempo, mano, volta para trás Vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz Sai dessa rotina que te extermina Vem sentir e viver ao impulso da adrenalina