Bola de meia, bilboquê de lata Anel de prata no indicador A cara feia do cara que mata Ta grafitada no meu corredor Um dois e três, A, B, C, D E um mapa Sala calada do professor Numa pelada que não desempata Cresce a mamata do vencedor Onça pintada que foge da mata Pra vir comer no meu quintal O nó na corda prende a sua pata Defende a borda do meu mingau Empino a pipa em papel carbono Consigo a cópia de um arranha-céu E lá de cima eu caio no sono E gravo em mono a voz de noel Cordel de cores, flores, dores, rimas Por onde fores em todas as esquinas Os meus sensores capturam minas Os meus amores, ouro em ruínas