Ao abrir esta minha gaita como pra um tiro de laço Cada nota do compasso traduz os versos que fiz Junto à luz do candieiro eu canto o chão missioneiro Pra todo o sul do país Me dá licença, patrício, me dá licença, parceiro Sou mais um taura que canta o lendário chão missioneiro Quem não conhece as Missões deste meu Brasil gigante Vai te chegando pra diante que os missioneiros te esperam Com um churrasco de picanha, o chimarrão e a canha Tradição pura e sincera Me dá licença, patrício, me dá licença, parceiro Sou mais um taura que canta o lendário chão missioneiro Sou missioneiro de nascença, gaúcho antes de tudo Por isso eu te saúdo com os versos que sai' da goela Corcoveando campo afora, pode chegar a qualquer hora Que as Missões não tem cancela Me dá licença, patrício, me dá licença, parceiro Sou mais um taura que canta o lendário chão missioneiro Quem visitar as Missões dá um chego até o Caaró Ver cruzes cheias de pó, da mais grande à mais pequena O longe fica mais perto e ver de braços abertos A lendária cruz de Lorena Me dá licença, patrício, me dá licença, parceiro Sou mais um taura que canta o lendário chão missioneiro Esta querência jesuíta é um imenso potreiro Vai te chegando, parceiro, sinta o afeto profundo Nos versos que aqui renovo, dá impressão que os sete povos Foi o começo do mundo Me dá licença, patrício, me dá licença, parceiro Sou mais um taura que canta o lendário chão missioneiro