Alambrado, violão feito de arame Que se estica lá nos campos do rincão Duetando com o vento minuano As canções de muitas gerações É o poleiro do pelincho que valseia Equilibrando, barulhento, em tuas cordas Até a coruja que, pra muitos, agourenta Faz pezinho nos palanque que te escora Não foram poucos os estouros de matungos Que fizeste teus encontros terminar E os ponchos de tropeiros encharcados Como bandeira tu escoraste pra secar Alambrado, violão feito de arame Que se estica lá nos campos do rincão Duetando com o vento minuano As canções de muitas gerações Hoje, perdido aqui no povo onde vivo Tenho vontade de sair pra te encontrar E num rasgo de saudade e aconchego Em teus palanques eu me escoro pra sestear Alambrado, violão feito de arame Que se estica lá nos campos do rincão Duetando com o vento minuano As canções de muitas gerações