Trilhando as três fronteiras por tapejara e andador Quando me fiz pajador ouvindo o chio da chaleira E, conduzindo a bandeira, num irmanear de torena A velha cruz de Lorena nesta pátria missioneira Neste chão de aporreados donde a cepa não se doma Dos guaranis trago à tona os combatentes enfrentados Nessa aldeia fui criado pra propagar a existência E preservar a querência num pago sem alambrado Por andejar encontrei os meus versos bem campeiros O mundo por paradeiro cantando a pampa que herdei O continente Del Rei junto a um fogão de tropeiro Os meus versos bem campeiros, por andejar encontrei Cruzei coxilhas e rios da velha terra vermelha Meu pingo, trocando orelha, sempre atento ao desafio A coragem resistiu, mas justiça não havia E a terra que nem sabia matava quem não fugiu Antes de ser combatente pra onde o povo caminha A liberdade que tinha era lei e hoje ausente O chão, o maior presente, nos foi entregue de graça Quem quer história que faça, não venha roubar da gente Por andejar encontrei os meus versos bem campeiros O mundo por paradeiro cantando a pampa que herdei O continente Del Rei junto a um fogão de tropeiro Os meus versos bem campeiros, por andejar encontrei