Tá na hora da minha poesia Começar dar nome aos boi Poder tocar na sua valentia E saber até que ponto mais ela dói Na mesma circunstância que a tua rebeldia E no mesmo teor que ela corrói Tá na hora da minha poesia Começar dançar diferente Nem tudo é só alegria E nem sempre o que é bom É o que te faz contente Tá na hora da minha poesia Tocar nas dores do mundo Mexer na tua revelia E naquele corte profundo Pra depois ser anestesia Que congela sua dor lá no fundo Tá na hora da minha poesia Pegar a estrada ir embora Fazer versos pra bia Porque de amor ela ainda chora Quando arrancaram a sua alegria E no seu lugar há tristeza agora