Sou Mancha Verde, quero ver me segurar Vem nesse arrasta pé, tá gostoso pra danar O verdadeiro orgulho dessa nação Eu sou o chão rachado do agreste Sou raiz, sou do Nordeste Morte e vida no sertão Onde o Sol é forte e a terra é quente A poeira da talhada é mancha na pele da gente Na batida, fui xaxando cada passo Nos acordes ritmados eu me faço Em devoção, seu coração vem no compasso Lá na seca da caatinga Lampião dança animado Onde a flor é de espinho No luar, é namorado Renda na barra da saia Gibão de couro cortado Moça bonita, oi Rainha do cangaço Ê! A arte ameniza a dor do sofrer Ê! A fé é a força pra sobreviver É! As mãos moldam os sonhos no barro, oxente! Contos, cordéis, poesias Deixo pra ti, muié rendeira Se avexe não, oh padim, meu padim ciço Não deixe faltar o pão Não deixe, não É noite Forró, baião rasgando a madrugada O rei do acordeom vem na embolada Meu samba xaxado vai te conquistar