Trabalhava para ele o negrinho sebastião Era uma pobre criança que sofria em suas mãos Por ser muito religioso era aquela judiação Pra aumentar o espanto seu sempre que falava em Deus Apanhava do patrão Veio a seca na fazenda para tudo terminar E o pretinho vendo aquilo com seu patrão foi falar O senhor deve ter fé para Deus deve rezar Faça um pedido em prece que o senhor lhe agradece E a chuva cairá O patrão ficou furioso e no negrinho bateu Mas a surra foi tão forte que o coitadinho morreu Quando estava no caixão seu patrão se aproximou Com desprezo e maldade mostrando sua crueldade Essas palavras falou Tome lá negrinho, leve essa moeda no caixão E diga lá pro seu Deus Mandar chuva no meu chão, já que acredita nele Leve pra ele essa encomenda E que mande 10 tostões de chuva, aqui na minha fazenda Logo depois do enterro veio um forte furacão Arrasou com a fazenda inundo tudo pelo chão O negrinho apareceu entregou ao seu patrão Novecentos réis de troco porque a chuva que veio Foi somente um tostão