Lá na beira da estrada numa casinha existe Uma moça muito triste sem riso da esperança Perguntei do seu passado ela respondeu chorando Meu destino vou marcando em cada nó da minha trança Quando era bem pequena, não tinha dois anos Mal estou recordando deste nó quem deu Minha mãe doente, já sem esperança Me fez uma trança e depois morreu Foi passando o tempo eu triste lembrava Da mãe e chorava, meu pai foi-se embora Eu fiquei sozinha nesta taperinha Com minha madrinha que é Nossa Senhora Fiquei noiva um dia, recebi a aliança Meu noivo na trança uma fita amarrou A fita é o luto que o destino encerra Ele foi pra guerra nunca mais voltou Lá no cemitério quando a tarde desce Vou fazer uma prece muito entristecida Já sem esperança chorando a lembrança Vejo em cada trança toda a minha vida