Minhas narinas fechadas por gelo Num degelo cansado e sereno Um fio vermelho dissolve-se ao éter E meu corpo pesado me suga pra dentro Zombification Zombification Zombification Zombification Do silêncio à loucura eminente Da dormência a cãibra a doer Caindo em sono eterno Acordando querendo morrer Zombification Zombification Zombification Zombification Nem que eu vá buscar no inferno Aonde a minha chaga aberta escondida está Minha sanidade e minhas noias que me esganam Quando eu tento parar pra respirar Dor Eu só sinto essa dor Que a morte me reservou ao me levar pela mão Meus olhos ressecados pela luz que vem de você Que eu não consigo enxergar E nem parar de me ver assim Com meus tímpanos furados e saturados Quando grita, ri ou chora E me enrola com o seu sonoro "não" A minha pele transparente Hoje arde num degelo Branco gelo fosco e feio Ruindo Incólume.