Eu de uns tempos pra cá Ando sem ir nem ficar Nem sei explicar A minha direção Ou se estou sozinho Deixando sempre cair no chão Qualquer coisa que cai na minha mão Eu sei que uma direção nem sempre é um caminho E eu me jogo sem razão Em jogos sem razão Que eu jogo sem razão Eu me jogo sem razão Em jogos sem razão Que eu jogo sem razão É como estar lado a lado e não ser dois Caçando um tesouro Que eu mesmo enterrei Mas não me lembro onde foi É como a luz que vem do céu E faz na Terra o maior escarcéu A dor de estar lado a lado e não ser dois E ela foi Ela foi Sem medo Sem nenhum direito Direto pro peito Me deixou sem jeito E ao seu dispor E depois Me depôs Do meu castelo Meu leito Que crime perfeito! Até suspeito De um complô Mas que se atire então a primeira flor (Nesses meus jogos sem razão) Mas que se atire a primeira flor (Nesses meus jogos sem razão) Da geração espontânea do que um dia pode ser amor