Ôôôôôô Um grito, soluçar de dor Hoje não tem pedra nem espinho A Cabuçu tira a mordaça do caminho A voz da liberdade ecoou Oh mãe África Eu quero gritar a minha cor Com lealdade, respeito e muito amor Anastácia Essa historia vou contar De uma escrava linda e soberana Que lutava por justiça e igualdade De um povo guerreiro chamado bantus Veio de lá Cruzando os mares Chegou a família real No navio negreiro, e Chico Rei Foi nomeado aqui no Rio de Janeiro Rogai por nós, numa só voz Eu peço axé, livrai do mal desse algoz Os atabaques no rufar do meu tambor A bateria clama seu irmão de cor A luta enfim não foi em vão E até hoje é lembrada em devoção Segue o romeiro a sua devoção Pedindo a cura e o fim da escravidão Mesmo humilhada, invejada e amordaçada Tem um brilho no olhar, é uma estrela lá no céu Peço licença, oh meu pai Oxalá Na quizomba tem zueira A Cabuçu é afro brasileira ôôô