Terra à vista Anunciaram as caravelas de Cabral Diante da inocência nativa Despida sob a cruz de Portugal Cenário de perfeita natureza Que encantou a realeza É o nascimento do Brasil colonial Das trocas, gentileza que se faz desconfiar Retirando o Pau-Brasil do seu lugar Cultivando a exploração Vermelha raça que lutou por liberdade Contra a branca divindade Pintando as cores da nova nação Sou caboclo, estrela-guia de famosos orixás Filho de negro, de branco, de tudo um pouco Sou da mistura dos mais belos ancestrais Da África Aportam os navios negreiros Trazendo mão de obra escravizada Candomblé e batucada Resiste à dança disfarçada dos guerreiros Venceu a abolição Da negra mão nos cafezais Abrindo o campo da infinita imigração Diversidade de riquezas culturais A Vila é rica de amor E canta a miscigenação Hoje meu sangue, azul e amarelo Exalta as cores do meu pavilhão