SAMBAS-ENREDO ANTIGOS 1991 Enredo: Três raças e eterna coroa de momo Compositores: Antônio da Conceição[Pelé], Carlinhos Melodia e Cacau Exaltamos as três raças Que formam o elo Da nossa nação O negro, o branco, o índio Responsáveis pela miscigenação Quando os lusitanos aqui chegaram Da aventura veio a sedução Tem gemido na senzala Tem afoxé ô (bis) Jongo capoeira e candomblé Mais tarde Surgiu o Zé Pereira A tradição do carnaval A maior festa audiovisual Vem vem Venha comigo amor Hoje tem festa Tem coroação Rei momo vai ser coroado O Vila Rica é o anfitrião Batam palmas pessoal Brindem com taças (bis) Pro bem espantar o mal 1993 Enredo: Quem não arrisca não petisca, façam o jogo Compositores: César Nascimento, Jorge Luiz e João da Silva Quem não arrisca não petisca Quem avisa amigo é Lançada a sorte Villa Rica vem com fé É no jogo que eu vou Me entregar pra emoção (bis) Sonhos e fantasias Mergulhar na ilusão Com os bichos me encantei No carteado sou rei A sinuca me fascina No teço-teco, bafo-bafo me criei Vem amor Vem comigo jogar (bis) No jogo da vida Quero ser teu par E na esperança lá vou eu O meu destino é caminhar Loto, sena ou raspadinha Quem dera eu, um dia acertar Me tornar um marajá Não precisar mais trabalhar Que vida boa Tô curtindo de montão O sorteio na televisão Hoje a Villa faz o jogo Este enredo genial (bis) Roda roleta neste carnaval E traz riquezas e progresso pro país E o meu povo fica mais feliz 1994 Enredo: Copacabana, meu amor Compositores: Carlinhos Melodia e Antônio da Conceição Sim, sou eu Colírio pros olhos do mundo Sei que sou Vitrine pra tudo e assumo Meu verde é de esperança Meu céu beija meu mar Meu sol que irradia Um sorriso em cada olhar Dos becos à lembrança A vontade de voltar Sou princesinha do mar Domingo de sol, do calçadão Que paisagem Repleta minha areia Saudades da própria saudade E como esquecer do Bon Marchê Dos dezoito maestrais Do cassino, do teatro de revista Dos artistas imortais Oi Dendeca Faceira Que vai pra lá, vem pra cá (bis) Que faz da noite seu dia Neste seu balançar O sonho também é realidade Eu não tenho apartheid O luxo, o lixo, o bem e o mal De tudo tenho um pouco Em minha essência Poesia, dança e crença Conferência mundial Odoiê, odoiê, odoiá (bis) Rosas brancas pra Iemanjá 1995 Enredo: Deu pano pra manga Compositores: Carlinhos Melodia, Antônio da Conceição e Nego Wando Tecendo nas malhas do tempo Entrelaçando folhas e fibras vegetais Vem do homem primitivo O tecido rudimentar A arte que encantou a nossa terra As telas retratando o além-mar Que me dera, amor Te vestir na cor Do país da cerejeira em flor Negro plantou, colheu, teceu (bis) Pintou, bordou na fazenda do senhor Hoje vejo minha Villa Rica Deslumbrando na avenida Num banho de beleza e cor No bailar dos ventos Mostra o nosso tempo O jeans modernizou ôôô Na teia da aranha eu tô Na lã que dá calor (bis) No linho ou na seda, amor Você fica linda como uma flor 1996 Enredo: A Lavagem do Bonfim Compositores: Gilmar L. Silva, Mauro Gaguinho e Vandro Bahia, terra de todos os santos Magia de encantos É bênção de pai Oxalá Voa pomba da paz Onde o rei dos orixás Se irradia E segue a Romaria Com o toque do ajarim Baianas e águas claras Pra lavagem do Bonfim São águas de Oxalá Echeuêbaba (babá) (bis) Na fonte que eu fui buscar Tem festa no terreiro e na igreja Sinto misticismo pelo ar Senhor do Bonfim que nos proteja Rosas brancas quero ofertar Decantar vestido de azul e ouro Bahia é quem guarda o tesouro Mistério que veio lá do além-mar O meu canto encanta A quem tem fé Axé, meu Senhor do Bonfim, axé O meu canto encanta A quem tem fé É canto na lira do candomblé 1997 Enredo: Cores D'África Compositores: ??? Amor O arco-íris coloriu a passarela E nesta tela de sedução Brilha um continente tão bonito De Angola ao Egito Na minha canção Oh, mãe África Sou negro sim, sou de zoeira Quero agitar sua bandeira É canto, é dança A cultura que veio de lá Sou iaiá de ioiô Sou ioiô de iaiá De corpo e alma eu tô aí de novo Pois o meu povo quer me ver passar Linda, colorida e tão singela A negritude me fascina A moda domina Sou parte dessa arte mundial Nesse movimento social Ô gira roda, pretinha, mulata, morena Ginga com a tua beleza Exaltando a raça Sou Villa Rica convocando a massa 1998 Enredo: Ferrogun Compositores: Gilmar L.Silva, Vicente das Neves e Celsinho Silva Batam forte os atabaques nesta festa Para saudar o ferreiro do céu Salve Ogum que venceu a batalha Vestido de búzio e palha, proteja meu caminhar Na criação do mundo Fez a viagem com Odudua e Obatalá Ogum onirê (onirê) O abedé orum (bis) Neste meu canto de fé guerreia É teu axé que clareia (Hoje tem Villa) A Villa toda Rica e tão formosa Vem na força deste orixá Pro guardião da massa Traz oferendas pra lhe ofertar No brilho da sua espada Rege a magia dos metais Na luta do dia-a-dia Sua energia me dá força e paz Lebaraô exu Não tem demanda (bis) Sou "Ferrogum" Lá na mata tem minério E tem dendê (bis) Salve todos os orixás A benção ogum megê 1999 Enredo: Sargentelli, lenda viva do Ziriguidum Compositores: Mauro Gaguinho, Manoelzinho Poeta e Lelo de Cordovil Um dia no berço da boemia Ele nasceu Sonhava algum dia ser cantor Ary Barroso lhe deu força e valor Em sua linda trajetória De glórias e amores O seu destino traçou Fez do menino Um grande apresentador No embalo da folia, sei que sou mais um (bis) Sargentelli, lenda viva do Ziriguidum Assim, no rádio se realizou ô ô Com personagens que marcaram A nossa MPB Do seu tio Lamartine era fã Botafoguense, portelense por amor "Iemanjá", sua mãe santa vem abençoar O carnaval do meu Brasil A Villa Rica traz encantos mil Ôba-ôba, meu povo No requebrado da mulata (bis) Cai na ginga do boêmio Que é filho da Lapa 2000 Enredo: Coração de três raças Compositores: Carlinhos Melodia, Antônio da Conceição, Marciano e Serginho Raiz Já fui pros deuses morada Sou abençoada pelo criador Sou coração de três raças Sou berço e pousada sou acolhedor Sou filho do sol com a lua Fui ilha, sou terra, pulmão para o mundo Mancebos guerreiros, guardiões de verdade Minhas florestas sentem saudades O tempo que tudo consome Sem ter consciência ira destruir As belezas deste pais menino Que o negro sofrido ajudou construir Rufam os tambores, vou festejar A tarde separa o dia Que a noite vai encontrar No sorriso da criança tem amor A semente é esperança, só quem plantou Igualdade e saber, viu futuro Florescer de prosperidade 2001 Enredo: Da Vila Olímpica à Villa Rica, Chiquinho da Mangueira, um exemplo de vida Compositores: Waguinho do Cavaco, Alexandre Sena e Élson Pinheiro Hoje eu venho exaltar Essa figura tão querida Foi lá em Vila Isabel Que começou a sua vida Se misturava com os bambas A verde e rosa O seu verdadeiro amor Conhecendo Tia Alice Um projeto social iniciou Pelas crianças, então, ele lutou Com humildade ele foi um sonhador (bis) E promovendo os esportes, fez feliz Jovens que orgulham este país Assim toda a comunidade Agradece de verdade Pelo bem que praticou A Inglaterra, seu trabalho aplaudiu Pro mundo projetou nosso Brasil Até Bill Clinton se emocionou Francisco de Carvalho, és um vencedor Da Vila Olímpica a Villa Rica Chiquinho da Mangueira (bis) É um exemplo de vida Pra essa cidade inteira 2002 Enredo: Sou Rio, Sou Grande, Sou Villa Rica do Norte Compositores: Neguzinho, Marciano, J.Vieira e Zezé Fonseca Paraíso no Nordeste Do bravo guerreiro cariri Rio Grande do Norte A Villa Rica é carnaval e vem mostrar A terra dos sonhos, cobiça além-mar Forte Reis Magos, uma estrela Marco inicial gerou Natal Mossoró de relíquias, riquezas minerais Deu ao negro liberdade, um canto de paz Literato do folclore nacional Câmara Cascudo é imortal Potiguar olhos de mar da miscigenação Forró é seu pecado, São João é tradição (bis) O sanfoneiro não pode parar O bate coxa vai até o sol raiar Parnamirim, base aérea espacial Trampolim da vitória na Segunda Guerra Mundial E o gringo chegou, fez forall e dançou ô ô Partiu num bye bye, deixando costumes Amores e sementes para trás Praias tão lindas, Genipabu e o famoso cajueiro Sal, algodão, carnaúba e caju, dão o ano inteiro Tempero bom, culinária tradicional Rendas, bordados, mercado do sisal O cabra macho orgulhoso diz Meu Rio Grande, o futuro é aqui (vem amor) Vem amor, ver o sol tingindo céu e mar (bis) Coqueirais, salineiras, caiçaras navegar 2003 Enredo: Do Trigo da Terra... Arte do Pão Compositores: Negozinho, J. Vieira e Robinho do Cavaco A Villa Rica seu enredo vem mostrar Da terra o trigo O pão é arte secular Desde a pré-historia Hoje predomina no comercio popular Veio do Egito com leveza saborosa Para os gregos e romanos Na Europa propagar Com toque feminino Ofertavam aos seus deuses Para lhes glorificar Os latinos até hoje Mantém a tradição (bis) Em suas cerimônias Não pode faltar o pão Tornou-se obra de arte Emoldurado suvenir para os casais Quinhão na Roma antiga Na Idade Média, seu costume perdurou Ganhou castelo, projetou=se em Paris Um brioche não dispenso Um pão francês, eu peço bis Seja suíço, pão de queijo ou decorado Que não falte em nossa mesa Este pão abençoado O famoso Pão de Açúcar Que seduz o mundo inteiro (bis) Tá na vitrine Do meu Rio de Janeiro 2004 Enredo: Odoiá... A poderosa força das águas, o símbolo gerador da vida Compositores: Pato Roco, Edinho, Luiz Pião, Xandão e Júnior O mar é poderoso e soberano Que maravilha, o berço de odoiá A água é o símbolo que gera a vida A Villa Rica a sua força vai mostrar O incesto se fez E este sangue virou rio, virou mar Canta avenida em homenagem A mamãe Iemanjá Iemanjá, ô Iemanjá Hoje a festa é toda sua Na sua força, tenho fé (bis) Sou Villa Rica estou de pé E meu samba continua Nasceu da terra a vegetação E o ar foi dando forma aos orixás Sereia vou pro mar, ouço seu canto Janaína estou de branco Para o mundo eu peço paz No seu mar jogo oferendas Acredite nessa lenda Proteção ao pescador No meu Rio, eu faço a festa Copacabana, reveillón se consagrou Quero água pra beber (beber, beber) Nas águas vou me banhar (bis) Neste mar, eu tiro onda Deixo a onda me levar 2005 Enredo: Em sua Viagem Ambiental, Villa Rica Recicla o Carnaval Compositores: Oswaldo, Moises, Pedrinho Só, e Tomé Boca Mole Hoje a Villa Rica está em festa Na passarela vamos preservar Na natureza, nada se perde, nada se cria Tudo se transforma em arte E eu vou cantando em poesia O bicho homem com a sua ambição Destruindo o planeta com a devastação Em nossa cidade, eu vou (bis) Com muito samba no pé, amor Oh Mãe Natureza, como é triste falar em você Sua fauna está sofrendo Seres estão morrendo Com a poluição Mas sua beleza é infinita Essa terra tão bonita Estão pouco se lixando pra preservação É lixo pra lá, é lixo pra cá Ninguém se lixa, é só lixar (bis) E numa viagem ambiental A Villa Rica faz seu carnaval 2006 Enredo: Malandragem, Adeus: Com Exceção do Zé o Resto é Mané Compositores: Pato Roco, Marinho Vaidade, Benson e Luiz Pião A Villa Rica faz o retrato falado Da malandragem dos primórdios carnavais Malandro que é malandro não vacila E quando briga, olha, tem mulher por trás As maltas têm guerreiros, capoeiras imortais Na luta não morreu, se transformou No Rio de Janeiro, a Lapa é reduto de bambas A boemia vai até o sol raiar E se não for malandro, dança Na morada dos anjos, a invocação Preservar a malandragem é a salvação Zé, faça tudo que quiser Só não maltrate (bis) O coração dessa mulher Olha o breque, Morengueira Vem, levanta meu astral (bis) Villa Rica traz malandros Pra brincar o carnaval Saudações àqueles que partiram Deixando aqui na terra, a cultura Pintor, escritor, compositor O que fizeram sempre foi com muito amor Uma pequena notável com Zé Carioca Ao mundo encantou Chora, a boemia toda chora Saudades de você vamos sentir Quem é malandro é, é seu Zé Dou adeus à malandragem (bis) Que o resto é mané 2007 Enredo: Carukango Autores: Leonardo Trinta, Everton Cesar, Ricardinho e Leo Torres Sobre um mar de sofrimento Villa Rica navegou Com seu grito de lamento Negro se eternizou Liberdade, uma estrela a brilhar Esse líder feiticeiro Não se deixou escravizar Lá na Serra do Deitado, com seu legado O quilombo se formou Há de ser sempre lembrado Pelo exemplo que deixou E lutando, Carukango Liderou sua nação (bis) Almejando a liberdade Com bravura e emoção Na batalha, entregou a própria vida Os quilombolas ressuscitam na avenida Têm na cor um grande orgulho A negritude é a razão maior Seu sangue derramou e Iansã soprou Vai Carukango, envolvido em nosso manto Pros braços de Iemanjá Nas suas águas, com as bênçãos de Oxalá Um braço forte retornando para o lar Oh, Mãe África Venho aqui te exaltar (bis) Em memória dos seus filhos Salve nosso orixá