Intro (Neves/Smi) DJ Marcelinho na produção; Sem preguiça, DJ que risca, incita à União! É Zona Oeste, irmão; sangue bom, não negue o Rap; Humildade enobrece, valoriza quem adere. (Neves) Direto da rua o Rap chega, são vários manos numa mula A resistência é forte e anula O poder que é sempre usado sobre nós. Eu ergo a voz Pra dissipar o efeito da impunidade bem veloz É nós, se for pela paz, eu me arrisco Rimo, num piro, Marcelinho - risca o disco Preciso, sou o cisco que perturba o inimigo "É 'pó', é pedra, é o fim do caminho" Não, não quero isso pra mim nem pra você R.A.P. dá forças pra sobreviver! Hei, hei, é nossa vez de sitiar na febre da rima Pra vê quem num trinca de pé aplaudir nossa conquista Sempre otimista, corro atrás e tô aqui Nunca desisti de dá uma idéia a quem tivesse que ouvir Ih, você se acomoda, eu tô legal Pelotão linha de frente - UNIÃO RACIAL! Plaw! Ensino fundamental, assumo o posto Sangue bom só consome Repão du bão e não do tosco Coisa de loco, Hip Hop na mais pura essência Peço licença pro som invadir sua consciência! (Porção) Não percebem que suas vidas estão sendo eliminadas Tipo o esgoto que desce pelas privadas É f#@*! Ninguém se importa, não querem nossas crianças na escola É só corrupção que rola! Um pedaço do Brasil sendo jogado fora, então acorda Estenda a mão, mostre que você não é mais um que se acomoda Então não reclame quando o crime entrar pela sua porta Seleção no pedaço é claro que gosta Aí sim faz o seu papel de patriota Gasta pra c@r@##, esnoba, esnoba! Pra variar o povo sempre na bosta Pra matar a fome tem que ser pinga ou cola E os playboy contando seus milhão de dólar Sempre protegidos pelo GOE ou pela ROTA Então, sai da bota! Sai da bota! (Bio) Do passado pro presente, sem antecedentes Sou mais um, que dessa prisão não sou cliente Freqüentemente aqui a mente é polivalente Um potente maçarico que derrete as correntes! O ativismo é a cara, rima minha granada Hip Hop na levada é a cura pra sua ressaca Ganhei experiência, sofri com muitas perdas A área sem os camaradas não é a mesma São vários anos que eu vejo o povo desmoronando Por cima, por baixo, pegando atalhos, o caminho é longo Muitas águas vão rolar, muita gente vai se afogar Espero que sua idéia comece a nadar Nesse oceano insano chamado cotidiano Onde nós somos a presa, pequenos seres humanos! Deixo aqui minha mensagem, retire a embalagem Não deixe que o sistema manipule sua imagem! O Hip Hop está em prática Nossa tática parte da massa cefálica, rima didática! A represália, fazer o sistema jogar a toalha E de arma logo a palavra teleguiada! (Smi) Chego pra vencer só tenho Deus a temer Nele eu posso crê, vô fazer por merecer Quem me viu, quem me vê, você nem vai querer saber Mas daqui pra frente um instrumento eu quero ser Ah, Smi, virou crente? Quer saber pode crê! Um exemplo por inteiro, não falar e não fazer Porque se eu falo que penso, não temo erro Se faço o que faço, faço sem medo Deito e durmo porque não devo, amanheço agradeço Se me queres aqui como teu servo, me apresento A qualquer preço, do desprezo ao reconhecimento Que nada mude o meu intento E seja feita na Terra como no Reino E o tempo faça da palavra um acontecimento Que virá, nos trará paz e mais... O pai que faz os filhos se olharem como iguais A intenção, sangue bom, é a união Mas vou além, também a salvação dos irmãos! Mas aí, sem cair em contradição A palavra que rima tem que ser vista em ação! (Robson) Ah, RBS preparado pra rimar Com a família U.R. vô trincá, versar, falar Um pouco da minha quebrada Que não é diferente da sua, Periferia Taipas! Foi difícil, é difícil, mas é o meu caminho Aí então prossigo, com fúria no raciocínio Meu alvo verbal, político e social Miséria por todos os lados, Brasil natural A mim ninguém engana, não procuro fama Sô trabalhador nem preciso da sua grana Invisto no futuro de toda a molecada Sou o ato social aqui da minha área (Marquinhos) Anos na corrida, onde o RAP é a trilha Fazer o sistema jogar a toalha é a conquista De um time que tá pronto pra qualquer situação Humildemente se apresentando à quarta peste da praga, UNIÃO! Habilidade, rima, Marcelinho reuniu a firma Em prol da "revolusom" eu vou levando na batida Batuque na palma da mão ou em qualquer lugar Enquanto houver violência e miséria eu vou pregar A favor da massa sofrida, a plebe Sempre na militância ostensiva do RAP No "bote" troco idéia com os tiozinhos da área Na quadra lanço pros parceiros e pra molecada Que a cara é estudar, se informar Revolucionar sem deixar o sistema manipular Nos tornando marionetes homicidas Que matam e morrem por uma vida televisiva Fazendo tudo por dinheiro, jogando valores morais no banheiro Garimpeiro, atrás de fama o tempo inteiro Dessa picadilhia (picardia) eu não ligo, não filmo Licença, vou me retirar, guerreiro da plebe, Marquinhos! O Hip Hop está em prática Nossa tática parte da massa cefálica, rima didática! A represália, fazer o sistema jogar a toalha E de arma logo a palavra teleguiada!