Bará, bará Bará vem trabalhar Alupo, alupo exu Alupo alupo bará A minha Vila vem no toque do tambor Gegê e nagô, ao filho de xapanã E neto de nanã Benin O seu filho abriu a porteira Se exilou na algibeira De um tempo acorrentado em mim Bará não tem eira, nem beira É a galhofa certeira Senhor do velho mercado Antes da terra ancestral o menino Herdeiro do trono de ajudá Pouco a pouco moldou seu destino Pela fé no orixá Foi xapanã, coberto de palha O pai xapanã A cura dos males à luz da manhã Que coroou o seu ori E o guiou no mar Deixa a gira girar, deixa o couro comer Pra custódio benzer o tambor do ogã Põe pimenta e dendê nessa fé que não para Batuque no ilê odara Bahia... A saudade sai do cais E leva o nosso herói Ao rio, capital das capitais O minuano soprou mais forte Na vida se encaixa Se fez nação (se fez nação) Na cidade baixa Ele foi curandeiro Senhor feiticeiro E venceu toda a opressão Pra ele que fez história na cidreira Em porto alegre é bandeira E o sonho de ser campeão