Olhar puro, busca em passos firmes Vou eu encontrar a razão Pra ainda assim acreditar Num amor livre, como eu Abrasar compaixão Cada encalço falso De um abismo escorreu Vidas, pó, nas monções Seguem os filhos de empecilhos Andarilhos como eu Hoje, morte não Não vou existir por aí Como se eu fosse um perdedor Não vou desistir de ir aí Como se eu fosse um desertor Não vou me enrustir por aí Vou indo, vou seguindo Ouvindo mais um rumor de linguagem Viagem, agem, Cresce um crepom de ruídos Lidos, idos, Num breve tom de coragem Miragem, agem Mas como você me acolhe sem me alterar? Mas como você acolhe sem querer me mudar? Como você acolhe sem alterar O mundo que escolheu O fundo de um sonho livre que fluiu Nada vale mais que um simples viver Ter como um cardinal de norte O sopro, o vôo, o ser... Pássaros que migram na escuridão No turbilhão dos ventos quentes, fortes das canções Que enfim sigo ouvindo De um enorme silêncio Se até o que no caso penso, calou Sendo o que de tudo muito como bóreas de norte Vendo o que é carmesim No céu de tudo Vou indo pra te encontrar Mas como você acolhe sem querer me mudar Estou indo pra me encontrar Não sei o que vai ser, Se o vento do silêncio calou Sem querer me transformar em você