[Oliveira] Da licença, vai pro lado É a sentença, delegado Cansei de tá cansado Não sei viver calado Eu nunca fiquei parado Estamos chegando ao fim, mano Cê tá ligado Não vá lamentar só no fim, mano Fato provado, o mundo cai do seu lado Eu penso e nunca me calo, eu vivo cada intervalo Escorre, vaza pro ralo tá amargo veneno temendo E vendo, tanto julga nada sabe Teu pensamento pequeno, mano A realidade já te diz, verdades Nem sempre covardes, são presos em grades, ilesos São fracos, o que eu escrevo são fatos E os boatos, são natos, de ingratos Parou! Tô me acordando de novo daquele sonho Nem sempre que é o que eu suponho Que o sono tá me levando a algum lugar A consequência tá sempre viva no que consome Consumo ou vivo de fome É melhor você saber como lidar Se adianta, não vai mudar Faça sua escolha pra continuar A consequência da rua [Chiappetta] Eu já deixei de lado A sensação de estar ofendido Pra quem sempre acompanhado Só me sinto acolhido Igual abrigo Vive igual asilo Velho sobrevive jogado até o último cochilo Pra viver Precisa de poder, querer crescer em cima Dos outros não é uma forma de poder De entender que a paz me faz como dono Que acalma controlada que me agita igual Girassóis de outono Tô pressupondo igual comida ao ponto Tô pronto, desconto ao tombo A cada verso formado, confesso não no trono Mas o pecado permite dialogar Os que acham que enganam é que são sempre Enganados, coitado! Ferido inimigo atrito não vê Não se preocupa com o ocorrido ou com o que Vai acontecer Crescer de corpo, alma, mente Se o passado fosse bom ainda seria presente Ausente da solidão sim, longe de mim Mal é seu inicio pra já pensar no fim Que eu sei da solidão sim, pra longe de mim Mal é seu inicio pra já pensar no fim Se adianta, não vai mudar Faça sua escolha pra continuar A consequência da rua [Gutt] Ideia certa me acerta Na mente aberta me afeta O fundo da mente gente de dores repletas De frustrações, angústias nas ilusões Razões sem emoções, só geram mais frustrações O que te mata não é o que te sustenta Reclama vida fodida, algo sempre te ausenta (e como ausenta) Porque a paz foi justo a primeiro que consumiu Mas sente no peito ardente o vazio sempre existiu Sofrida na pele que fere, só dores de dias atrás Chorando por mágoas passadas Páginas viradas já não comovem mais Vivi, antes de vir aqui De todo lixo que já consumi Porque diziam que era o certo Só pra ter lucro e povo iludir Se adianta, não vai mudar Faça sua escolha pra continuar A consequência da rua